Ontem, enquanto me preparava para dormir, comecei a olhar da janela do meu quarto para o céu e comecei a ver as estrelas, comecei a reparar no universo, no espaço... e percebi uma coisa, da qual eu invejei, as estrelas, a lua sempre estão ali, no mesmo lugar, juntas, inseparaveis, é como se fosse um amor reciproco e infinito, um amor verdadeiro e sincero, talves não compreendido por todos. O universo devia se sentir com um grande vazio em si, um grande ''buraco negro'', mas que pode ser preenchido, por um amor tão grande que de tal, o universo ficou pequeno para ele, o amor proporcionado, pelas estrelas, pela lua, pelos planetas... preencheu esse enorme vazio.
A muito tempo atrás, me sentia assim, com um enorme vazio dentro de mim. Os dias pareciam não ter fim, me pegava perguntando a mim mesmo, o porque de tal motivo, por qual motivo estavamos na terra, qual o sentido de viver, de estar vivo, começava a me sentir dentro de uma caixa vazia, onde nela, pra qualquer lugar que eu fosse, não haveria saída, ficava agoniado, como se estivesse preso em uma solidão sem fim, as vezes até talvez, pensava em deixar de existir.
Um dia conversando com a minha tia sobre o assunto veio a minha cabeça uma luz, havia perguntado a ela, qual o sentido da vida, ela me deu uma resposta que para mim, foi de tamanha importancia que nunca esqueci, ou esquecerei, e que naquele momento, fez todo sentido para mim, ela dizia ''a vida só tem sentido quando estamos felizes, quando estamos felizes, tudo tem um sentido, tudo fica melhor, ficamos com vontade de viver, pois esta felicidade que me dara forças e vontade para o dia de amanhã, e assim por diante.'' soubera ela tamanha importancia que isso fizera para mim. Realmente percebi isso, no tão pouco que ela me disse e no tanto que aquilo significava. Talvez eu não fosse tão feliz como achava que era, me faltava algo que me deixasse feliz, me sentia com um enorme vazio dentro de mim, um espaço impreenchivel, e isso me fazia mal, não me sentia muito bem, e então um dia o amor bate a minha porta sem querer, e eu o atendo com muito carinho, de amigo a amigo te conheci, nada desvia um destino, devia ter sido mesmo assim. Te confesso que já não acreditava muito mais no amor, mas desde que te conheci o enorme vazio de que havia mencionado, começou a ser ser preenchido, mas não como um copo d'agua, que ao se colocar toda água ele fica cheio, era diferente, ele nunca estava cheio por completo, ele sempre precisava de mais, sua vontade só crescia de ser preenchido por você, mas eu sabia que você não gostava de mim, ou sentia esse amor que eu tinha por você, mas eu era muito determinado, e sabia que não desistiria desse amor tão grande que nunca havia sentido antes, persisti até conseguir.
Com o tempo esse amor só crescia, e tornando-se reciproco, um amor talvez como o do universo, verdadeiro, sincero, pode até não ser infinito, pra sempre, mas é intenso.
E mesmo quando você ausente, sinto sua presença.
(Por, Bernardo Braga)
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